De acordo com especialistas na área, o aumento na procura por imóveis afeta os preços.
Recentemente, dados do Censo Demográfico de 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que Santa Catarina se tornou o principal destino de migrantes no Brasil. Entre 2017 e 2022, o estado recebeu mais de 503 mil novos habitantes vindos de outras regiões. O saldo migratório de 4,66% é o maior do país no período e coloca o estado como o mais procurado por aqueles que desejam mudar de vida.
Essa condição afeta alguns aspectos da economia e da sociedade catarinenses. Dentre as atividades econômicas mais afetadas está o setor imobiliário, que precisa acompanhar o crescimento na demanda por moradia. O corretor de imóveis e empresário no ramo imobiliário, Kauê Locks, afirma que os preços são os primeiros a serem afetados.
“Fica evidente o aumento da presença de pessoas de fora do Estado na nossa região e em toda Santa Catarina. Então é uma questão de números, onde há um aumento na procura de imóveis e consequentemente um aumento dos preços, como a gente pode perceber nos maiores centros, como Florianópolis e Balneário Camboriú.”
Kauê destaca que Tubarão também tem recebido migrantes, e que essa movimentação impacta no mercado imobiliário local.
“Principalmente nos aluguéis a gente percebe esse aumento, onde as pessoas vêm para morar e trabalhar por aqui, e depois de um tempo instalados, vão a procura da compra de uma moradia.”
Kauê também explica que as imobiliárias têm se adequado à essa realidade, buscando atender esse público. “Nesse caso é necessário ampliar a divulgação dos imóveis para outros estados, e não somente na nossa região, e também de procurar conhecer melhor as particularidades dessas pessoas, que trazem um perfil e uma cultura diferente da nossa.”