Elon Musk segue avançando com sua ambiciosa missão de transformar o X (antigo Twitter) em um verdadeiro “superapp”. A mais recente novidade é o lançamento do XChat, um serviço de mensagens e chamadas criptografadas que já está disponível para alguns usuários e deve ser liberado para o público geral nos próximos dias.

O XChat não chega apenas como mais um mensageiro no mercado – ele traz funcionalidades como mensagens autodestrutivas e a possibilidade de enviar qualquer tipo de arquivo, recursos que o colocam na mesma arena de aplicativos como Telegram e Signal. Mas o diferencial está no contexto: o XChat é parte de uma estratégia maior que visa transformar o X em um ecossistema digital completo, a exemplo do WeChat chinês.

Desde que adquiriu o Twitter, em outubro de 2022, Musk vem deixando pistas claras sobre esse objetivo. Além da comunicação via texto, voz e vídeo, o X já conta com o Grok, seu próprio chatbot de inteligência artificial, e em janeiro deste ano, foi anunciado um acordo com a Visa, permitindo transações financeiras entre usuários. O modelo se assemelha a aplicativos como Zelle e Venmo, mas com potencial de alcance global.

A CEO da plataforma, Linda Yaccarino, tem reiterado que o foco da empresa é integrar comunicação, finanças, entretenimento e serviços em uma única interface. O XChat é mais um tijolo nessa construção, que pretende tornar o X um ambiente onde se trabalha, se comunica, se informa, consome conteúdo e até realiza pagamentos – tudo dentro do mesmo app.

É evidente que Musk aposta alto no conceito de centralização digital, e embora existam preocupações legítimas sobre privacidade, segurança de dados e concentração de poder, não se pode ignorar o impacto que movimentos como esse terão no futuro das plataformas digitais. O X está deixando de ser uma simples rede social e se moldando para se tornar um ambiente multifuncional, talvez até indispensável no cotidiano digital de seus usuários.