Com duas rodadas passadas desde a estreia do Tubarão na Série B do Catarinense, é natural que algumas conclusões sejam desenhadas - embora seja muito cedo para que elas se tornem definitivas.
Uma delas, evidenciada pelos números, é que o ataque tricolor encontra sérias dificuldades em marcar gols. Com 33 finalizações, no alvo ou fora dele, o Peixe balançou as redes adversárias apenas uma vez, durante a blitz para igualar o placar diante do Metropolitano.
Para que o esquema de Sargentim funcione, os pontas precisam entregar transpiração e inspiração. Marcelinho e Kaique Silva, embora cumpram o primeiro quesito, deixam muito a desejar no segundo. A aposta por um centroavante de movimentação e ataque ao espaço, com Caio Vieira, exige que os ‘beiradas’ contribuam também com gols, o que ainda não aconteceu.
Pelo meio, Denner iniciou o jogo como o camisa 10 na estreia, com Marcelinho e Juninho alternando na função; no segundo jogo, Bruninho saiu jogando por ali. Atletas de características diferentes, mas com uma constante: não conseguem chegar na área e finalizar com consistência.
A obviedade precisa ser dita: o Tubarão precisa de gols. Se não os encontrar dentro do atual elenco, talvez precise buscá-los no mercado.
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Quanto entrar em campo neste domingo, diante do Metropolitano, o Clube Atlético Tubarão fechará um ciclo de oito semanas de preparação para a Série B do Catarinense - o planejamento adiantado, em contraste com a desorganização e as decisões atropeladas da temporada passada, foi agraciado com uma semana extra de treinamentos, em virtude da desistência do Inter de Lages.
Os nomes do diretor de futebol e do técnico foram definidos em novembro; o elenco, montado ao longo de meses, com nomes já anunciados em dezembro; a categoria de base, campeã no Sub-21, foi confiada a Everton Soares, o Ton, especialista em formar atletas na região; e a estrutura do complexo esportivo passou por manutenções e melhorias necessárias. As questões aqui listadas são atitudes e decisões DO clube, que se tornam boas notícias ao torcedor.
Então qual é, afinal, a boa notícia que O Clube Atlético Tubarão recebeu?
A primeira rodada da Série B.
Com o Tubarão de folga, pudemos observar as partidas dos adversários do Peixe - e diagnosticar o baixo nível técnico da competição.
Metropolitano e Blumenau fizeram um confronto repleto de uma timidez intrínseca a dois clubes que estavam há anos afastados do próprio torcedor. Ninguém queria perder o clássico, matando a ousadia da busca pela vitória. Triunfou o Blumenau, que chega com maior investimento e melhor preparo.
O Juventus de Jaraguá, treinado por Paulo Baier, goleou o recém-promovido Porto. Carlos Renaux e Fluminense entregaram um jogo muito ruim, enquanto o indeciso Nação, que se mudou para Araquari mas segue atuando em Joinville, bateu o ‘Camborituba’ (apelido dado ao Camboriú, que se deslocou até Imbituba para jogar a Série B por não se acertar com a prefeitura quanto ao uso do Robertão).
O panorama geral da competição parece instalado. Falta, mesmo, é ver o Tubarão de Sandro Sargentim em campo. Apesar de desfalques importantes, como Wallace, Brendon e Pilar, o torcedor espera ver no domingo as credenciais de um time que aspira retornar a elite catarinense.
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Chute Cruzado
Jornalista e locutor. Apresentador dos diários Jornal Litoral e Arena Litoral na 90.9FM. Por aqui, informação e opinião sobre esporte, com grande foco em Atlético Tubarão e Hercílio Luz.