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Economia

Tarifaço de Trump impacta produtores de mel em Santa Catarina

O efeito das tarifas pode inviabilizar economicamente o setor, de acordo com representante dos produtores.

Santa Catarina, 21/07/2025 12h04 | Atualizada em 21/07/2025 13h19 | Por: Eduardo Mota | Fonte: Epagri/Ciram e FAASC
Foto: Aires Mariga/Epagri

A imposição de uma tarifa de 50% em relação a todas as exportações brasileiras por parte do governo americano, fruto das tensões diplomáticas entre os dois países, tem preocupado produtores rurais em Santa Catarina. Um dos produtos afetados é o mel, que pode ter sua viabilidade econômica seriamente prejudicada, caso a tarifa seja aplicada. Segundo Agenor Sartori Castagna, presidente da Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (FAASC), a medida pode ter um impacto "muito forte" na apicultura local, refletindo diretamente no preço pago ao produtor.

Castagna destacou que 80% de todo o mel produzido no Brasil, incluindo Santa Catarina, é destinado à exportação, principalmente para os Estados Unidos. "Se realmente acontecer isso, se não houver uma reversão, se não houver um acordo entre os governos, [o preço do mel] deve cair pela metade, a nível de produtor, o que torna inviável a produção de mel aqui no Brasil", alertou o presidente da FAASC.

Baixo consumo interno e alternativas

Questionado sobre estratégias para mitigar os efeitos da tarifa, Castagna apontou para o baixo consumo de mel no Brasil. Enquanto em países como Estados Unidos e na Europa o consumo per capita varia entre 1,3 kg e 1,5 kg por ano, no Brasil não chega a 100 gramas.

"Se houvesse um movimento forte de publicidade, de mudar a cultura de consumo de mel aqui no Brasil, nós não precisaríamos nem exportar. Pelo contrário, se nós chegássemos a um quilo de mel por per capita ano de consumo, nós teríamos até que importar mel, não exportar", ponderou.
O presidente da FAASC sugere que o governo poderia promover campanhas de incentivo ao consumo ou incluir o mel na merenda escolar, medidas que, segundo ele, "resolveriam o problema do mel de todo o Brasil".

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Acordo governamental é a principal esperança

Apesar das preocupações, a esperança do setor recai sobre um possível acordo entre os governos brasileiro e americano. Castagna mencionou que há indicativos de que o mel pode ser incluído nas negociações.

"O ideal, na realidade, seria ainda uma negociação dos dois governos. Que chegassem a um acordo para que não fosse feita essa tarifa em cima do produto mel", afirmou. Ele reforçou a necessidade de diálogo e a diminuição da "agressividade" nas tratativas.

Santa Catarina é destaque na exportação de mel

Em 2024, o estado catarinense foi o terceiro maior exportador de mel do Brasil, com 5477 toneladas exportadas. Os principais destinos do mel catarinense no ano passado foram os Estados Unidos, que absorveram 81% das exportações, seguidos pelo Reino Unido (10,8%).
 

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