Edil afirmou que respeitou o momento de fala de cada um, mas que isso não ocorreu com ele.
O vereador Alexandre Cidade (PL), de São José, na Grande Florianópolis, ameaçou dar uma cadeirada em um cidadão durante uma discussão, na Câmara dos Vereadores. Os políticos discutiam sobre a situação da população em situação de rua na cidade em sessão na terça-feira (10).
O episódio aconteceu durante uma reunião geral na Câmara dos Vereadores. A reunião contou com a presença de representantes de São José, além de outros municípios da Grande Florianópolis, como Palhoça e Biguaçu.
Em vídeo transmitido pela TV Câmara, o vereador Alexandre Cidade aparece falando sobre a situação da população em situação de rua em São José. A confusão começou após o político retornar ao seu lugar.
Após retornar ao seu lugar, uma discussão é iniciada entre o vereador e o representante do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Daniel Paes.
— Fala no microfone, cabeludo. Tais falando e ninguém tá te ouvindo — afirma o vereador.
Em seguida, cidadãos também presentes na reunião geral também se envolvem na discussão. É nesse momento em que o vereador aumenta o tom de voz e ameaça um deles.
— Eu estou aqui também representando a minha população. Quem és tu para falar comigo? Fala baixo. Me respeita, porque senão vou aí — continua o vereador, aos berros.
É nesse momento em que o vereador se levanta e vai em direção ao público geral, localizado no fundo da sala. Várias pessoas tentam apartar a discussão, mas o vereador chega a retornar ao seu lugar e levantar sua cadeira em direção ao público.
— Pessoal, por favor. Por favor, vamos respeitar as falas. Os vereadores vão se manifestar. Todo mundo teve direito de fala, e eu peço que a gente escute os nossos parlamentares — afirmou o vereador Caê Martins (PT).
A discussão se encerra logo em seguida, e o vereador retorna ao seu lugar. A reunião continuou por mais trinta minutos.
O que diz o vereador
“Subindo a tribuna e apresentei o que eu consegui absorver ao longo de cinco anos trabalhado como vereador participando de reuniões, vivenciando experiências práticas presencial mente em abordagens de segurança junto à assistência social de Balneário Camboriú, policia Militar São José e também junto de ondas visitando a Cracolândia na cidade de São Paulo.
Apontei caminhos com relação ao combate deste grande problemas social e que somente conseguiríamos com um corpo clínico completo dentro da assistência social de São José, com uma forma alternativa de tratamento dentro das casas de reabilitação onde eles deveriam ter também uma qualificação profissional, trabalho para custear os seus gastos e também a construção de uma poupança com esse resultado do trabalho para Al sair alugarem um lugar para morar, não voltando para ruas e tendo a possibilidade de serem contratados.
Falei também que diante de um dado da PM 90% aproximadamente das pessoas que estão em situação de rua, são dependentes químicos e com passagens pela polícia. Ao sair da tribuna fui insultado por um representante da mesa que afirmou que eu estava criminalizando as pessoas em situação de rua. Com isso contagiando os membros do sindicato que ali estavam, os mesmos que em diversas ocasiões já me atacaram na redes sociais, me difamaram dentro dos grupos de servidores municipais e que propuseram moções de repúdio quando apresentei o projeto afirmando que os trans não podiam competir com mulheres no esporte profissional.
Achei um grande desrespeito, porque durante as 2h00 que estive na reunião ouvi diversas afirmações sobre o tema “pessoas em situação de rua” que não concordava, porém respeitei o momento de falar de cada um o que não aconteceu comigo e por isso me senti extremamente desrespeitado quando um membro da mesa me afronta e na plateia os membros dos sindicatos me xingavam nas minhas costas.”
Com informações de CBN Floripa