Baixa cobertura vacinal preocupa autoridades de saúde, em momento de crescimento no número de casos de síndrome respiratória.
Santa Catarina vem enfrentando um cenário preocupante em relação aos casos de síndrome respiratória aguda grave. Já são mais de 6 mil casos registrados, provocados majoritariamente pela Influenza, pela Covid-19, pelo Rinovírus e por outros vírus não identificados, com mais de 300 mortes. Somente da Influenza, são mais de mil registros.
Essa condição é agravada pelos baixos índices de vacinação contra a influenza no estado, deixando uma parcela significativa da população desprotegida e sobrecarregando o sistema de saúde com o aumento de casos graves e internações. Arieli Fialho, Gerente de Doenças Infecciosas Agudas e Imunização, comenta sobre o tema e expõe preocupação com o avanço nos casos.
“Estamos em um momento de sazonalidade climática, que favorece o crescimento nos casos de síndromes respiratórias. Contudo, temos visto um crescimento muito maior se compararmos com outros anos, principalmente da Influenza. E são casos graves, que muitas vezes resultam em internação e até mesmo em óbito”, argumenta Arieli.
Ela destaca a vacina como a principal ferramenta para reverter esse quadro. “Uma das maneiras que temos para evitar esse volume de casos e principalmente os óbitos, é a imunização. Já estamos há alguns meses com a campanha de vacinação, com a vacina disponível em todos os postos de saúde, para toda a população”.
Arieli demonstra preocupação com os grupos prioritários, que pouco têm procurado a vacina. “Percebemos que os grupos prioritários, que são mais vulneráveis, estão com uma cobertura muito abaixo do esperado. A cobertura para esses grupos deveria ser de 90%, mas está em pouco mais de 40%. Isso é ruim, porque esses grupos são vulneráveis a casos graves e até mesmo à óbito, e não estão procurando a imunização”.
Arieli reforça a importância de se vacinar. “Reforçamos que é fundamental se vacinar o quanto antes. Quem ainda não se imunizou, pode procurar a unidade de saúde mais próxima e levar o documento de identificação, para receber a vacina contra a gripe”.